sexta-feira, 8 de abril de 2011

Um pouco sobre mídia


                               "Todo Mundo para, para ver o caos"


Em meio a bárbarie ocorrida no dia 7 de Abril, na escola Tasso da Silveira, no Rio de Janeiro, a comunidade Mundial se movimentou chocada e a mídia nacional na qual vou me fixar nessa análise, fez a cobertura de todos os minutos desde o anúncio da catástrofe.


A grande difusora de discussões em todo o Brasil, é responsável pela influência, quase que consensual, na opinião publica. Acompanhar um fato que escandaliza a sociedade e descobre o véu de pureza encoberto em nosso dia-dia, não é uma tarefa fácil a quem vai transmiti-la, pois tem em suas mãos a responsabilidade do efeito que isso irá causar. No caso do Rio, todos os Telejornais fizeram campana em frente a escola e especularam centenas de absurdos que confundiam a população e só depois quando as coisas se acalmaram foram transmitidas as informações concretas, e na briga pela "exclusividade" de informação as emissoras se degladiavam, cometendo o erro de espetacularizar um drama, sem precedentes em nossa cultura. 9 milhões de pessoas assistiam a essa tragédia, escandalizadas e aguardando princípios éticos de uma Mídia que só brigava por audiência e fixava comentários de caráter execrável como uma jornalista global questionou: "é isso que dá não ter detector de metais em escolas", eu questiono, a Jornalista cumpriu seu papel? de certo que não, a faculdade do saber, nos remete empertigações mais concretas como: Onde está a participação da comunidade na organização da escola? Onde estão os psicólogos que não estão dentro da escola cuidando dos nosso jovens? Já passou do momento em que a discussão da educação publica de qualidade deve-se a sua aplicação na comunidade como um todo, no entanto a jornalista ficou parada na questão: "O detector de metais e a polícia dentro da sala de aula?"

Caros e caras, a realidade é que a sociedade escuta o jornalista, ela ouve pelo transmissor do acontecimento a figura de conforto, e assimila sua analise como o ponto correto de partida para resolução. Como citei acima a fala da jornalista lembrando a importância da segurança e do desarmamento da sociedade civil, vou trazer de volta um fato antigo e unir com a notícia que li, hoje pela manhã de, O Estado de São Paulo, que foi a seguinte: "O caso reacendeu a discussão sobre segurança nas escolas". Errado. Quem acende as discussões é a imprensa, 62% da população, no referendo em 2005 votaram, sob forte influência de jornalistas, parlamentares e lobistas da industria de armas, contra o banimento de armamentos no país. Na ocasião, lembro-me perfeitamente de um dos mais destacados colunistas da Veja, defendendo arduamente o porte legal a civis. Que sentido tem agora as matérias da Veja, frente os acontecimentos no Rio?

Estamos sobre a égide de falácia filosófica sobre horizontes utópicos. O imediatismo nas respostas não acompanham a realidade humana e por isso deve ser feito uma releitura do papel da mídia na formação do povo.


Eduardo Brasileiro.